O ruído, uma sensação auditiva desagradável (subjetiva), resulta da combinação de sons indistinguíveis com diferentes frequências (objetivo). No âmbito da objetividade, observa-se que o organismo do trabalhador, quando exposto a níveis elevados de pressão sonora, responde com o aumento da pressão, como destacado por Oliveira (2018).

Conforme a visão de Oliveira (2018), o coração, que atua como uma bomba para pressurizar todo o sistema hidráulico interno, enfrenta a pressão externa gerando efeitos nocivos sobre o organismo. Dentre esses efeitos, destacam-se:

1. Estreitamento dos vasos sanguíneos:
A exposição constante a altos níveis de ruído pode levar ao estreitamento dos vasos sanguíneos, comprometendo a circulação sanguínea e afetando negativamente a saúde cardiovascular.

2. Hipertensão:
A pressão sonora elevada pode desencadear a hipertensão, uma condição que aumenta o risco de problemas cardiovasculares, representando uma séria ameaça à saúde do trabalhador.

3. Zumbido:
O ruído excessivo pode resultar em zumbidos persistentes nos ouvidos, causando desconforto e, em alguns casos, contribuindo para problemas de saúde mental.

4. Alterações menstruais:
A influência do ruído na regulação do sistema hormonal pode levar a alterações no ciclo menstrual, impactando a saúde reprodutiva das mulheres expostas.

5. Perda auditiva permanente:
Além dos efeitos imediatos, a exposição prolongada ao ruído pode resultar em perda auditiva permanente, afetando a qualidade de vida do trabalhador.

Esses são apenas alguns exemplos das múltiplas repercussões que a exposição a níveis elevados de ruído pode ter sobre a saúde dos trabalhadores. Fica evidente que o impacto vai além da perda auditiva, abrangendo áreas vitais do organismo. Diante desse cenário, torna-se imperativo adotar medidas eficazes de prevenção e controle do ruído no ambiente de trabalho, visando assegurar a saúde e bem-estar dos profissionais. A conscientização e a implementação de práticas seguras são passos cruciais para enfrentar o desafio do ruído ocupacional e proteger a saúde daqueles que contribuem diariamente para o desenvolvimento das atividades laborais.

Fonte: OLIVEIRA, P. R. A. Fator de risco ruído no eSocial da Engenharia ao Direito. São Paulo: LTr, 2018.